domingo, 7 de novembro de 2010

CANTOR E COMPOSITOR ROBERTO MAGALHÃES LANÇA ÁLBUNS SOBRE MILHO VERDE



Meu querido Milho Verde - Roberto Magalhães
PRIMEIRO CD DO CANTOR É INTITULADO: "Milho Verde, Meu encanto. Meu refúgio"


Eu sinto aqui muita saudade
Dos dias que aí vivi.
Milho Verde, Milho Verde,
Quanta coisa boa eu sinto
No meu peito aqui por ti.


E a ti eu quero confessar
Que bom que foi morar aí
E com seu povo estar juntos
Pra sofrer e pra amar
Coisas que eu muito fiz.


Meu querido Milho Verde,
Contra-capa do primeiro CD do nosso grande amigo Roberto
Doce terra onde eu vivi,
Ai que saudades da sua gente,
Tão feliz e tão contente
Com tudo que tem aí.


Da minha casinha como eu gosto,
Da sua rua, do seu quintal.
Bem perto fica a igrejinha
Onde, a tarde, as criancinhas
Iam felizes pra brincar.


Das cachoeiras que beleza,
Ouvi suas águas a murmurar
Que era aí e com certeza
Com a paz e a natureza
Que eu iria me encontrar... 












SEGUNDO CD DO ROBERTO INTITULA-SE: "Boleros com Milho Verde" 

 Minha casinha  - Roberto Magalhães


No bêco dos Catopês
Minha casinha está ali
51 é o número dela
Coisa mais linda nunca vi...


Portões baixos, janelas pequenas
Casinha de brinquedo mas de bom gosto
Bem distribuídos por eles se espalham
Todos dizem serem o meu rosto.




GRUTA DE SANTA TERESINHA
Do teto como chuva de verão
Caem a toda hora e incomodam 
Pedacinhos da pintura solta
Que na esteira não se firmaram


Com o calor da chama que arde
Do fogão de lenha a noitinha
Fica mais quentinha e aconchegante
E mais gostosa minha casinha


O banheiro de bom tamanho
Era o que menos eu contava
Pudesse me atender tanto
Que nada exigia mas esperava


Nela os mais lindos sonhos sonhei
eles, as pessoas queridas me visitavam
Alegrias e saudades traziam e deixavam
GRANDE AMIGO ROBERTO MAGALHÃES
Quem sabe um dia, quem sabe
No céu possa me sentir pra sempre
Já que lá também fica minha casinha
Porque lá é onde os meus sonhos se realizam...







O TERCEIRO DISCO: " Serenata com Milho Verde"


































Milho Verde, meu encanto, meu refúgio  - Roberto Magalhães


Milho Verde, doce e humilde terra,
Incrustada na Serra do Espinhaço,
De ti quanto carinho tive
Nos dias sofridos e amargos que aí
passei...


Sua sofrida gente traz no rosto
Aquele sorriso simples e feliz
De quem com a natureza vive
E com ela fala a cada instante.


Suas crianças, que coisa linda!...
Como têm seus rostinhos alegres,
Seus saltitantes movimentos, sutis e ligeiros,
Como passarinhos em bando voando e cantando...


Seus velhinhos quanta história!...
Falam de violência e de ternura...
Do passado rude e ignorante
Que marcas deixou em seus corações.


Da roça vêm negros e mulatos
Com passo largo, olhar nostálgico,
Caminhar lento, falar preguiçoso, sereno.


Religiosas e tementes, as pessoas
Se aglomeram na capelinha do Rosário.
Entoam altos e desafinados cantos
Que de longe se ouve e se admira.


As criançinhas assentadas nos bancos
Nas mães se encostam e se aconchegam.
O beijo carinhoso, longo e molhado,
Na mão grossa e rude delas é dado.


Citam passagens que hoje pouco dizem,
Mas no seu contar febril e saudoso,
Parecem ter sido no passado alegre,
Fantásticas e mirabolantes coisas que se faziam.


Aos domingos o movimento aumenta
Andar forçado, pés apertados pelos sapatos
Roupa melhor, mais fina e bonita.
Mais música, mais alegria, mais vida.


Galope pelas ruas estreitas e movimentadas
Gritos frenéticos pela cachaça arrancados.
Empinam-se cavalos a toda hora.
Expressão sofrida sem máscara, sem vida.


Nos oferecem feixes de lenha
Uma ninharia por eles pedem,
Pelo longo e acidentado caminho
Onde buscam a todo dia e hora.


Se aglomeram na esquina.
Assistem os turistas com seus sons altos.
Sua dança e gestos irreverentes,
Seu exemplo agressivo e nocivo.

Os bebuns não são tantos e deles
JOÃO PENANTE muito se destaca.
Sorriso falho de dentes brancos e sujos.
Expressão feliz como se dotado fosse.

Figura esotérica, de carisma forte,
Maria da Luz ciúmes desperta.
É o que do Seu Francisco se diz.
Que voz rachada, bochecha murcha, tudo confirma.

No chafariz o vai e vem
De bacias cheias de roupas sujas
Que se equilibram nas cabeças
De donas e meninas todo o dia.

O frio é forte e mau.
Racham-se os pés, cortam-se as mãos,
Maltratam-se os rostos polidos,
Penetra nas casinhas e traz desconforto.

No narizinho escorrido e marcado
De tanta secreção escorrer
Forma-se um caminho esbranquiçado
Das criancinhas pra valer.

Aí está o retrato dessa terra querida,
Milho Verde, meu encanto, meu refúgio,
Que a todos encanta e fascina.
Quantas lembranças!...
Quanta saudade!...   






Serenata com Milho Verde é o 3º CD da carreira do cantor e compositor Roberto Magalhães.
Devoto de Santa Terezinha, a quem busca inspiração para fazer esta linda homenagem a todos que gostam de boa música, em especial músicas de serenata.
Roberto homenageia também o povo de Milho Verde, onde teve uma importante passagem na sua vida quando ergueu uma linda gruta de pedras para abrigar sua Santa preferida.
Daí então, nasceu esse trabalho intitulado Serenata com Milho Verde.
Roberto Magalhães diz sempre que quando morou em Milho Verde ele saía só e com seu violão para emocionado e feliz fazer serenatas até amanhecer. E que essa é uma das que chama de "pequenas grandes coisas" que fez e que deixaram saudades. 

Beto Lino, compositor amigo do Roberto.

"A sabedoria da vida não está em fazer aquilo que se gosta mas em gostar daquilo que se faz".
Leonardo Da Vinci

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