quarta-feira, 30 de novembro de 2011

"OLHA AÍ, OLHA AÍ MILHO VERDE, TERRA DO DIAMANTE E DO JEQUI..."


























































































































































































































































































































































































































CORAÇÃO: UM FILME DE CAROL KANASHIRO E TOMÁS VIANNA.




VEJA O VÍDEO SOBRE NOSSA POUSADA MORAIS...



MATÉRIA VEICULADA  NO JORNAL MINAS GERAIS, SEXTA-FEIRA, 23 DE MARÇO DE 2012, PÁGINA 08, SEÇÃO TRANSPORTE E OBRAS.






COMO ERA ANTES DA REFORMA
















COMO ERA ANTES DA REFORMA

COMO ERA ANTES DA REFORMA

COMO ERA ANTES DA REFORMA






 
Cachoeira do Canelau 


Poema Banguê, de Martins Morais, retrata como os negros eram tratados quando morriam nos subdistritos do Baú, Ausente de baixo e Ausente de cima, e tinham que ser carregados nos banguês (bambu, embira e cobertor) até a localidade de Milho Verde.




Banguê


                                                                         Martins Morais



Ei, filhos do Massangano, que sobem o morro para chegar em Milho Verde,

Para depositar, no solo sagrado um irmão de cor, de sangue, de dor.


Subam cantando suas milongas, seus trejeitos africanos de outrora.


Todos os negros em cantoria triste a carregar o irmão, filho do tronco;


Abram as bocas e deixe sair o misterioso e agonizante canto, tal qual a mãe-da-lua o faz;

Deixe o filho de Deus subir o morro no lombo dos estimáveis, para encontrar a luz eterna.



Venham amigos, irmãos, tragam o defunto para aqui repousar tranqüilo

Ao lado de sua igreja Rosário, da Mãe dos Negros, de Nossa Senhora Pura

À sombra dos coqueiros tortos e finos, que balançam como se estivessem a cair;



Venham em paz, carreguem-no num bambu verde e amarelo,

Enrole-o em um cobertor São Vicente e o dependure neste pêndulo sagrado;



Um irmão segura de um lado, outro irmão do outro,

Outros dão no couro do morto

Para maneirar a carga, para tirar o mal

do irmão negro, do fulano de tal.



E subam cantando por entre estas trilhas do Baú e Ausente;

Atravessem o pai Massangano que está com águas no joelho,


Bebam suas pingas, a cachaça do moribundo, cantem ainda mais.


Joguem o resto do copo para batizar a terra e levar a alma do morto,

Elevar a alma deste ser sofrido, com sangue da África correndo na veia

Com suor de chibatadas correndo nos poros do tempo que não se apaga



Subam o morro da Barra da cega, depois de passar pela Cova d´anta,

Passem pelo Beco Escuro. Saiam de frente a Matriz dos Prazeres e continuem.



Continuem a cantoria. Vão passar pelo Beco do Chafariz porque corta caminho

Então subam em frente a venda do Leopoldo para sair no Largo do Rosário.



Depositem o morto no necrotério velho, na cama de cimento, até o vereador

Trazer do Serro o caixão roxo, que nem cabe direito no seu amarelo Jeep.



Tragam mais cana, amigos, tomem mais pinga em honra ao morto.

Embebedam-se, pois hoje é dia de tristeza, mas os irmãos não devem chorar.



Então cantem mais alto, dêem o último adeus ao amigo, ao descendente de sofredor,

Ao garimpeiro do Massangano, ao vizinho do Baú e Ausente, ao Catopé, ao Marujo,
Ao Vissungo, ao Filho De Nossa Senhora do Rosário, ao Senhor tocador de canjá, de caixa.

Digam adeus e deixe sua alma partir, deixe-a habitar o Reino Eterno, não lamente.

Joguem três punhadinhos de terra na cova e o restinho da cachaça do copo;

Ouçam o som oco da terra que cai ao caixão.
O som do triste e lamuriante fim que a todos chegará;
Seja branco, preto, pardo, índio, amarelo, rico, pobre, vereador, senador ou presidente.

O adeus a um ente, a um querido, a um dançante, tem que ser diferente,
E a diferença está nas mãos, olhar e amor daqueles que ao lado está para despedir,
Para ajudar a desembaraçar o caminho, a tirar a embira para amarrar a solidão fora de casa,
A entoar o banto, a fazer serenar o céu com os respingos de lágrimas tristes no dia de morte.

Desta vez é para sempre

Um último adeus.

Não ficará para semente.


















Cachoeira do Carijó



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Mais um ciclista nos honrou com sua presença pela Estrada Real. O jovem Taylor, da cidade de Joinville, Santa Catarina, desembarcou no dia 27 de agosto na cidade de Diamantina, e está percorrendo a Estrada Real por Vau, São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde, Três barras, Serro, Alvorada de minas, Itapanhoacanga, Conceição do mato dentro, até a Serra do cipó. 

Nesta foto, Dona Hilda e Senhor Moacir ainda eram vivos e residiam neste casarão... 

Dona Anete preparando o delicioso almoço da Pousada Morais

Nosso amigo Zacarias tomando água na fonte do Chafariz

Igrejinha de Nossa Senhora do Rosário

Lajeado

Dona Anete com seu belo sorriso

Primeira cachoeira do Moinho

Padre Manoel Quitério celebrando em frente a Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres

Elvécio e Sr. Morais


Cachoeira do Piolho

                                        Os centenários sinos na Igreja da Matriz
















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